Comunidade Plenitude

Vivendo o Amor de Deus

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Trindade


INTRODUÇÃO                                                  

            O assunto o qual iremos abordar é um tanto quanto delicado. Por muitos e muitos anos acreditamos em algo, que talvez, nunca paramos para refletir ou questionar o que realmente a palavra de Deus nos ensina sobre o mesmo.
            O nosso real objetivo não é confrontar, escandalizar ou ferir de alguma maneira alguns conceitos doutrinários ou até mesmo alguns amados irmãos, muito pelo contrário: o nosso objetivo é levar o “verdadeiro” conhecimento acerca de algo tão importante para nós que somos chamados de cristãos.
            Quando eu digo “verdadeiro”, em momento algum quero empregar erro ou desvalor sobre outros conceitos ou ensinamentos sobre isto, no entanto, faltam informações importantíssimas ou mais convincentes acerca do mesmo.
            Não trazemos aqui um novo conceito ou uma nova doutrina; falamos de consciência o que a história nos mostra, e ministramos de coração o que o Espírito Santo nos tem revelado.
            Abra o coração; medite; pesquise; as informações e os relatos estão à disposição de todos, e isto, em vários meios de comunicação. Seja abençoado pela revelação da Palavra de Deus, Jesus Cristo.

“............e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”. (João 8:32)

TRINDADE
            A palavra trindade significa “união de três partes”, provavelmente vem do latim, pelo fato de que a primeira pessoa a usar este vocábulo foi Tertuliano, na ultima década do século II d.C. (depois de Cristo).
            Antes do uso deste vocábulo, era muito usada ou normalmente usada a palavra tríade, que vem do grego trias (triados), que significa “grupo de três”.
            A idéia de trindade ou tríades existe muito antes do que se imagina. Muitos cristãos acreditam que essa idéia veio surgir ou ser revelada somente depois da vinda de Cristo, mais especificamente, na era apostólica, o que não é verdade.
            Algumas religiões antigas e pagãs acreditavam na existência de uma trindade, cada qual, com sua trindade.
            Como exemplo, no passado, os pagãos egípcios adoravam o Sol como deus, e acreditavam que as suas três fases, o sol do amanhecer, o sol do meio dia e o pôr do sol, eram manifestações divinas.
            Durante muitos anos os egípcios e outros povos representavam o culto ao deus Sol em suas três fases com o símbolo chamado tríqueta, símbolo este, usado ainda hoje por alguns cristãos como símbolo da “Trindade Cristã” ou “Santíssima Trindade”, geralmente, representado por três alianças. O mesmo símbolo é também usado em rituais de magia negra e feitiçaria.
Os mesmos egípcios, também, acreditavam numa outra trindade que formava uma família: Ísis (a mãe), Osíris (o pai) e Horus (o filho).
            No budismo encontramos algumas outras idéias de trindade: “os três santos” que são Manjusri (sabedoria), Samantabhadra (excelência) e Avalokitesvara (olhar compassivo). Outra tríade é “os três senhores”: Bhaishqjavaguru (senhor do paraíso perdido), Sakayamuni (senhor deste mundo) e Amitabha (senhor do paraíso futuro). E por último os três deuses: Manjushi, Varúpimi e Avalokitesvara.
            Na Babilônia, Anu (deus do ar), Enlil (deus da água) e Ea (deus da terra) representando os três elementos principais e necessários da existência e sobrevivência humana.
            Poderíamos citar outras religiões, contudo, as que são necessárias para a nossa compreensão já as relatamos.
            As datas das mesmas são: religião egípcia: 3000 a.C.; o budismo: século VI a.C.; e na Babilônia: 1800 a.C.
            Religiões muito mais antigas que o Cristianismo, já acreditavam como também já tinham suas trindades.
            Como antes falamos, o nome trindade, aplicado às sagradas escrituras, iniciou-se com Tertuliano na última década do século II d.C., com a intenção de explicar a relação que há entre “Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo”.
            Depois de Tertuliano, a Igreja passou por vários períodos de reformas (mudanças) onde se discutia a respeito, principalmente, da natureza de Deus nas suas três pessoas; distintas ou não.
            Estas mudanças aconteciam em forma de concílios, que no grego quer dizer assembléia, onde reuniam alguns, ilustres ou leigos importantes, para serem conselheiros, e assim, mudavam, tiravam ou acrescentavam algumas doutrinas.
            Eis aqui os concílios reconhecidos pela Igreja Católica Romana:
            1º Concílio de Nicéia I (325 d.C.), onde foi formulado o credo niceno, em oposição ao arianismo.
            2º Concílio de Constantinopla I (381 d.C.), que elaborou o credo niceno, definindo mais explicitamente a divindade do Espírito Santo.
            3º Concílio de Éfeso (431 d.C.), que definiu a unidade pessoal de Cristo, bem como a Virgem Maria como Théotocos (mãe de Deus) contra o nestorianismo.
            4º Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que definiu as duas naturezas de Cristo e as relações entre elas.
            5º Concílio de Constantinopla II (553 d.C.), que reafirmou as decisões dos quatro concílios e condenou os erros de Orígenes e de outros.
            6º Concílio de Constantinopla III (680-681 d.C.), que definiu a existência de duas vontades em Cristo, em oposição ao monotelismo.
            7º Concílio de Nicéia II (787 d.C.), que regulamentou a veneração de imagens.
            8º Concílio de Constantinopla IV (869 d.C.), que tratou do cisma fotiano. O Cristianismo oriental e ocidental se fez presente, mas não foi universalmente reconhecido.
            ...................até o vigésimo primeiro concílio.

            Neste estudo, não iremos relatar cada tópico abordado em cada concílio, pois não é este o assunto, no entanto, os “fundamentos” que relacionam-se a Deus como trindade, foram mudados ao longo dos anos, pois em cada concilio um novo credo era redigido.
            Fica claro que a idéia da existência de três deuses, já existia nos tempos primitivos ou nos povos mais antigos.

                                                      
O QUE DIZEM AS DOUTRINAS DA TRINDADE, TRIUNIDADE E DEIDADE?
A palavra trindade é simplesmente um termo técnico, e não é encontrada na Bíblia em momento algum. Para os cristãos o significado verdadeiro é: “as três formas de Deus se manifestar ou a tríplice manifestação de Deus como Pai, como Filho e como Espírito Santo”.
            Dizem que, a doutrina da trindade, é fundamentada na “revelação” do próprio Deus: “Deus se revela” como Pai, como Filho e como Espírito Santo.
            Juntamente com a trindade caminha a triunidade, ou seja, os três modos da existência de Deus, como também, a existência de três em um.
            As duas idéias juntas se resumem em: Existem em Deus três personalidades distintas e divinas, mas iguais na sua natureza, no entanto, não há três deuses, mas um só Deus.
            “Sustentar a existência da Santíssima Trindade, manifestações distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – de um só Deus e feitas da mesma substância. Observe: essa questão não está posta nos Evangelhos. Jesus Cristo não se atreveu explica-la. Ela foi adquirindo importância capital na Igreja à medida que esta se expandia e se confundia com o poder secular, terreno....o Messias não queria saber dos assuntos que eram de Cezar; o reino de seu Pai não era deste mundo. Mas o da Igreja Católica era”. Reinaldo Azevedo, Revista Veja, 28 de Fevereiro de 2007.
           
            A idéia de trindade subentende unidade na diversidade. Para entendermos melhor vejamos o seguinte exemplo:
            Jesus Cristo é o nosso Criador, Salvador e Senhor, ou seja, Ele é o centro de tudo (unidade). Nós, uma vez que recebemos a Cristo em nossas vidas, mesmo sendo muitos, individuais, distintos e dotados de características diferentes, somos um em Cristo. Isto é unidade na diversidade.
            Embora não seja errado isto, pois “Cristo é um em todos e todos somos um em Cristo” (ELF), veremos o que a palavra de Deus nos revela, não contra a técnicos, sem qualquer espiritualidade; apenas técnicos, e sim, aprenderemos a respeito de quem é o Pai, quem é o Filho e quem é o Espírito Santo de Deus.
            Uma outra idéia que se segue no meio evangélico é a deidade, ou seja, ora Deus se manifesta como Pai, ora como Filho e ora como Espírito Santo. Então eu pergunto: Porque no momento do batismo de Jesus, o Filho (Jesus) estava na água, o Pai falou nos céus, e o Espírito Santo desceu como pomba? Não eram três seres distintos? Enfim, argumentos que faltam elementos mais consistentes.
            Daqui para frente a nossa base não é apenas a história, a teologia, a filosofia ou qualquer outro nome cientifico, mas principalmente as sagradas escrituras, relacionando a cada um, Pai, Filho e Espírito Santo, os versículos respectivos.
            É importante salientar, que muito da nossa tradução é errada, e que hoje temos acesso à escrita original, entendendo e valorizando cada palavra, como também traduzindo-as de forma coerente, segundo a vontade de Deus.

                                                       Pastor Evandro L. Faustino

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