Comunidade Plenitude

Vivendo o Amor de Deus

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Jesus Cristo, o Messias

            A palavra Messias, inicialmente, não é um nome próprio: é um termo hebraico “mashiah” que significa “ungido”. Como um título oficial, é usado apenas duas vezes no Antigo Testamento, a saber, em Daniel 9:25-26: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com a inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinados assolações”.
            No Antigo Testamento, a expressão ungido era utilizada para indicar profetas, sacerdotes, reis: enfim, o ungido; a fim de desempenharem suas tarefas, ministérios ou missões especiais. Exemplos:
            Unção de reis: I Samuel 10:1: “Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?”.
            O óleo (azeite) era derramado sobre a cabeça do rei simbolizando a sua consagração ao ofício.
            Unção de sacerdotes: Levítico 8:12: “Depois derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão, e ungiu-o, para santificá-lo”.
            O óleo (azeite) era derramado sobre a cabeça do sacerdote simbolizando a sua consagração ao ministério.
            Unção de profetas: I Reis 19:16: “Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar”.
            Da mesma maneira, os profetas recebiam a unção com óleo (azeite) simbolizando a sua consagração ministerial.
            Observamos, então, a grande importância da unção, no tocante ao serviço ministerial como também no oficial. Os reis eram ungidos, os sacerdotes eram ungidos, e os profetas eram ungidos: e Jesus? “Por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria” (Hebreus 1:9).
            Alguém só pode ser chamado de rei, sacerdote e profeta, quando o mesmo é ungido para o tal. Sendo assim, Jesus Cristo é chamado de Rei, Profeta e Sacerdote porque Ele era o Ungido de Deus, o Messias prometido. Vejamos:
            Jesus Cristo é chamado de Rei: Mateus 2:2: “Dizendo: Onde está aquele que é nascido, Reis dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”.
            Jesus Cristo é chamado de Sacerdote: Hebreus 5:6: “Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”.
            Jesus Cristo é chamado de Profeta: João 4:19: “Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és Profeta”.
            Bem, como acima mencionamos, o termo Messias é hebraico, Mashiah, que significa Ungido. Na septuaginta (tradução do hebraico para o grego), o termo hebraico “mashiah” foi traduzido pelo vocábulo grego “christós”, palavra esta que foi transliterada para o português, Cristo. No Novo Testamento a palavra grega “Christós” aparece quinhentas e sessenta e nove vezes, sempre indicando Jesus como o “Cristo”.
            Alguns exemplos:
            Mateus 1:1: “Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”.
            Lucas 9:20: “E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus”.
            Romanos 1:16: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, e também do grego”.
            Efésios 1:20: “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus”.
            Todas estas passagens, como também, as outras que não descrevemos, concordam que Jesus é o Cristo, ou, Jesus é o Messias.
            Cristo, até então, não era um nome próprio; era apenas um adjetivo; uma característica; uma qualificação. A forma correta de se pronunciar é: Jesus o cristo. Com o tempo, foi tirado o artigo definido “o”, e cristo que começara com letra minúscula, passou a começar com letra maiúscula, tornando-se um nome próprio.
            Agora o nome de Jesus não é apenas Jesus o cristo, e sim, Jesus Cristo. Cristo (no grego) é o mesmo que Messias (no hebraico) que significam o Ungido de Deus.
            Entendemos então, que quando as pessoas falavam a respeito de Jesus como o Cristo, é que elas estavam realmente declarando que Ele era o Cristo, o Ungido de Deus; não era meramente uma suposição: era uma declaração de fé: Ele não é um cristo, Ele é o Cristo, o Filho do Deus Vivo.
            A nação de Israel esperava ansiosamente pelo Messias, aquele que iria reinar sobre Israel: reino de justiça e de paz; Aquele que iria ser a boca de Deus para todos os povos, língua e nação; o Profeta de Deus; Aquele que seria Sacerdote do Deus Altíssimo: O único que verdadeiramente poderia conduzir o homem até a presença de Deus. Este é Jesus, o Messias; Jesus o Cristo; Aquele que foi ungido para reinar sobre o Israel de Deus.
            A título de conhecimento, o nome Jesus significa Salvador. Juntando com a palavra Cristo, Ungido, significam: Jesus Cristo=Salvador Ungido, ou seja, foi ungido e capacitado para salvar o povo de Israel, como também a todo aquele que Nele crer.

Pastor Evandro L. Faustino

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