Comunidade Plenitude

Vivendo o Amor de Deus

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dízimo


É natural nos dias de hoje, vermos diversas explicações sobre este assunto. A igreja dos nossos dias vive a maior prosperidade financeira dos últimos anos. O crescimento de novas denominações, e, principalmente, a grande estrutura física delas são alvos de indagações nos vários meios de comunicação como também nas mais diversas igrejas do mundo. Porém, quando nos voltamos a algumas igrejas, ou, à maioria delas, concluímos que toda a palavra ensinada ou pregada gira em torno do “dinheiro”, nos esquecendo de que toda a plenitude da graça de Deus está em Jesus Cristo, e Ele deve ser o motivo da nossa pregação.
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros nos céus, onde nem a traça e nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam e nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (João 6:21).
Vejamos o que a palavra nos diz sobre isto.

 

OFERTAS


“Entrai pelas portas, com ações de graça”. (Salmos 100:4)
 A palavra de Salmos nos ensina que quando entramos na “presença de Deus” (culto, reunião congregacional), devemos o fazer com ações de agradecimento, ou seja, com ações de gratidão a Deus por aquilo que Ele é como também por aquilo que Ele tem feito. “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres” (Salmos 126:3).
Agradecer a Deus é também uma forma de culto a Ele, e pelas escrituras sagradas, a primeira forma de culto a Deus, em forma de ações de graças, foram as ofertas de Caim e Abel.
“E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura: atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante. E o Senhor disse a Caim: por que te irastes? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gênesis 4:3-7).
Após a decadência do homem, Deus dá a terra para o homem trabalhar e assim, conseqüentemente se sustentar. “No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gênesis 3:19), e desta forma o homem agradece a Deus pela dádiva de trabalhar e de se sustentar, trazendo uma oferta para Deus; oferta esta que é tirada daquilo que o próprio Deus deu ao homem. A oferta não é um valor exato e sim aquilo que sentimos no coração, porém não pode ser feita de qualquer forma. Caim é o exemplo da maior parte da igreja; ele dá aquilo que é conveniente, enquanto Abel dá daquilo que é de melhor.
“E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos depositavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; Porque ali todos deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento”. (Marcos 12:41-44)
Ofertar é cultuar a Deus, e como forma de culto não pode ser feita de qualquer maneira. Caim não achou graça diante de Deus porque ele não deu o seu melhor, porquanto Abel não exitou em dar o seu melhor a Deus.
Aqueles ricos, descritos acima, davam em grande quantidade, porém era daquilo que lhes sobravam. No entanto, a pobre viúva alegra o coração de Jesus Cristo, pois mesmo sendo supérfluo o valor depositado, era tudo o que ela tinha, e ainda mais: “todo o seu sustento”.
O ofertar é a maior forma de agradecimento a Deus pelo nosso sustento diário, pelas nossas conquistas materiais, pela provisão de Deus. Não se esqueça: “OFERTAR FOI A PRIMEIRA FORMA DE CULTO A DEUS”.
Ofertar é reconhecer que tudo aquilo que temos, por maior ou menor que seja, por muito ou por pouco, independente da quantidade, é Deus quem nos dá. A capacitação profissional, a inteligência, a saúde, e o próprio emprego, são dádivas de Deus. Se reconhecermos isto, ou seja, que Deus é de fato o nosso provedor, sustentador e ajudador, não podemos nos prender ao dinheiro e sim depositar diante de Deus a nossa gratidão.
Quem oferta a Deus reconhece a Sua provisão.

O FATO DE OFERTAR, NOS TRAZ ALGUM BENEFICIO?

Em II Corintios 9:7 está escrito: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria”.
Quando ofertamos a Deus com alegria de coração, reconhecendo a provisão de Deus, a palavra nos ensina que o amor de Deus é revelado a nós, ou seja, que o amor de Deus se manifesta em nossas vidas. O amor de Deus se resume em fazer o bem; em realizar os nossos sonhos, como também, nos dar a benção da prosperidade!!! É o que está relatado no versículo 8: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, afim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra”.
Desta forma, concluímos então que, quem oferta a Deus segundo o seu coração, recebe o multiforme amor de Deus, lembrando que isto se cumpre, quando ofertar não é esperando receber algo em troca. A expressão “ou por necessidade” diz respeito àqueles que dão em forma de troca: “vou dar para receber”, não entendendo que em Cristo Jesus somos abençoados com todas as bênçãos (Efésios 3:1), e que somos herdeiros de Deus pela graça, que quer dizer favor imerecido. Se você der para receber, não recebera nunca. Deus não quer troca e sim reconhecimento e fidelidade. A palavra nos ensina que devemos dar sem esperarmos receber: isto é um princípio bíblico”. Se fizermos assim, com certeza Deus se “lembrará” de nós.
PRIMÍCIAS

Primícias: valor exato de um dia de trabalho. A forma correta de chegar a este valor é a seguinte: divida o seu salário pelos dias do mês, 28, 29, 30 ou 31. O valor resultante é a primícia. Primícia quer dizer primeira parte. Vejamos o exemplo de Deuteronômio 26:1-11.
“E será que, quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der por herança, e a possuíres, e nela habitares, então tomarás das primícias de todos os frutos da terra, que trouxeres da tua terra, que te dá o Senhor teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher o Senhor teu Deus, para ali fazer habitar o seu nome. E virás ao sacerdote, que naqueles dias for, e dir-lhe-ás: Hoje declaro perante o Senhor teu Deus que entrei na terra que o Senhor jurou a nossos pais dar-nos. E o sacerdote tomará o cesto da tua mão, e o porá diante do altar do Senhor teu Deus. Então protestarás perante o Senhor teu Deus, e dirás: Siro miserável foi meu Pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente; porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram e nos afligiram, e sobre nós puseram uma dura servidão. Então clamamos ao Senhor Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão; e o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais e com milagres; e nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. E eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então as porás perante o Senhor teu Deus, e te inclinarás perante o Senhor teu Deus. E te alegrarás por todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dado a ti e a tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti”.
Entendemos então, que as primícias estão relacionadas à primeira parte de todos os frutos que a terra tinha dado. Sendo assim, separaram-na e entregaram-na ao sacerdote para que fosse apresentada ao Senhor.
“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias da tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares. Filho meu, não rejeiteis a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão. Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”. (Provérbios 3:9-12)        
            Não podemos rejeitar a correção do Senhor. Enojar quer dizer não criar contenda por causa disto. Quando entregamos as primícias a Deus, se enchem os nossos celeiros.          
Primíciar é trazer à existência a provisão de Deus para a sua vida.

DÍZIMO

Dizimo significa décima parte; dez por cento.
O primeiro dizimista pela palavra foi Abrão. Gênesis 14:18-20.
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”.
A palavra diz que Abrão deu o dizimo de tudo o que ele tinha conseguido, como forma de agradecimento a Deus pela conquista da terra, como também dos despojos da guerra a qual havia acabado de enfrentar.
Tudo o que Abrão possuiu, terra, gado, colheita, etc, deu a décima parte a Deus.
Abrão como precursor do ato de dizimar o fez não por mandamento, e sim de livre vontade, também como agradecimento a Deus. O dizimo vem antes da lei e se torna um mandamento em Levíticos 27:28-34.
“Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao Senhor de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá nem resgatará: toda a coisa consagrada será uma coisa santíssima ao Senhor. Toda a coisa consagrada que for consagrada do homem, não será resgatada: certamente morrerá. Também todas as dizimas do campo, da semente do campo, do fruto das arvores, são do Senhor: santas são ao Senhor. Porém, se alguém das suas dizimas resgatar alguma coisa, acrescentara o seu quinto sobre ela. Tocante a todas as dizimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dizimo será santo ao Senhor. Não esquadrinhará entre o bom e o mal, nem o trocará: mas, se em alguma maneira o trocar, o tal e o trocado serão santos; não serão resgatados. Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte de Sinai”.
O dízimo é consagrado ao Senhor. É um mandamento de Deus ao povo de Israel. Não é uma opção ser ou não ser dizimista: é uma ordenança divina.
Quando não dizimamos ao Senhor, retemos algo, que pela própria ordenança bíblica, pertence a Deus, não atentando para a provisão de Deus e assumindo um papel de auto-sustentador; de auto-suficiente.
O não dizimar é declarar a Deus que não precisamos da sua ajuda, e que não a reconhecemos, tornando-a assim “inútil” em nossas vidas.
Existem coisas que não podemos questionar e sim obedecer. Obedecer é melhor que sacrificar. A obediência a Deus gera um posicionamento perfeito diante Dele. Se a nossa posição é correta e a obediência é exercida com amor, usufruímos uma herança incorruptível e sem sombra de variação que é uma vida em abundância, na plenitude do Senhor.
Em Malaquias 3:7-11 é relatada está verdade com muita clareza e propriedade:
“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes: tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos”.
Quando não dizimamos a Deus, assumimos uma posição de ladrão, pois roubamos aquilo que pertence a Deus. Roubar, independente a quem for é uma ação pecaminosa, e todo o pecado nos separa de Deus. Se estou separado de Deus não posso usufruir do Reino de Deus, pois estou em pecado. Para todo o pecado, existe uma conseqüência. A conseqüência do roubar a Deus é a falta da provisão de Deus e da Sua repreensão ao devorador.
NINGUÉM PODE REPREENDER O DEVORADOR A NÃO SER O PRÓPRIO DEUS, mediante a nossa fidelidade ao dízimo a Deus. Deus só repreende o devorador quando nós dizimamos, caso contrário, o devorador tem livre acesso ao nosso celeiro. É uma afirmação forte, porém, verdadeira.
Quando entendemos a dádiva de dizimar e assim o fazemos, a palavra de Malaquias diz que desta forma, nos voltamos a Deus e Deus a nós, ou seja, fazemos à vontade Dele e como conseqüência Ele a nossa, conforme aquilo que está no Seu coração (coração de Deus).
As janelas dos céus é uma representação da abundância e plenitude de Deus, pois, quando abertas, nos traz a maior abastança.
Isso não pode ser aumentado ou diminuído, e sim, cumprido com amor e justiça, diferenciando o que é verdade bíblica e o que é doutrina de demônios.
           
O QUE É JUSTO E O QUE É DEMONÍACO?

Quando atentamos as Sagradas Escrituras, concluímos que o grande interesse de Deus ao homem cristão, é beneficiá-lo em todos os aspectos da vida, porquanto o interesse de Satanás é matar, roubar e destruir aquilo que Deus nos dá, como também a nós mesmos. O exemplo disso está em João 10:10: “O ladrão, isto é, Satanás, não vem senão a roubar, matar e destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundancia”.
Em muitas igrejas do mundo é ensinado um “princípio errado” em relação ao ofertar a Deus. Vejamos este princípio errado.
“QUANTO MAIS VOCÊ DER A DEUS MAIS VOCÊ RECEBERÁ DELE”.
Tente achar isto na Bíblia. Igrejas e mais igrejas tem em seus palanques homens aptos a persuadir os fiéis no tocante ao ofertar. Tudo é motivo de ofertar.
Com isso vemos pessoas e mais pessoas escravas desta doutrina satânica que tem por objetivo enriquecer homens eloqüentes e sem Deus, amantes de si mesmo, e, mercenários, como também, usurpar o dinheiro do povo. Roubar o dinheiro dos fiéis só cabe ao espírito de devorador, o qual sem demagogia alguma, está na vida destes que assim o fazem.
O direito só é dado ao devorador quando de fato não ofertamos e dizimamos segundo a sua palavra. Deus não quer nada mais além da sua fidelidade. Ele sabe que você tem que pagar suas contas, fazer despesas, adquirir um bem, e por saber isto, ele só pede aquilo que está dentro da sua possibilidade em fazer. A verdadeira palavra relacionada a isto está em Lucas 6:38: “Dai e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante, vos deitarão no vosso regaço (colo); mesmo assim, todo o contexto não está falando em dar dinheiro a Deus e sim, em dar amor ao próximo: não está relacionado às primícias, ofertas e dízimos, e sim, ao amor fraternal.
Algumas igrejas cobram valores por tipos de orações. Por dor de cabeça um valor; por câncer outro; por problemas sentimentais valores absurdos; entre tantos outros “motivos de oração”. ISTO É SATÂNICO. Em Mateus 10:8 está escrito: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça daí”. É deturpável saber que exista isto no meio evangélico.
Por que cobrar aquilo que é sagrado? A oração de intercessão é uma dádiva de Deus a nós para que seja aplicada àqueles que a necessitam. Esta ação limita a graça de Deus e torna-se comércio. Lembremo-nos dos comerciantes no templo (Mateus 21:12-13).
“E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou a mesa dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração – mas vós a tendes convertido em covil de ladrões”.
Isto é uma realidade nos dias de hoje. Existe realmente um grande covil de ladrões. Homens roubando os fiéis em nome de Deus e se esquecendo que Deus, é Deus de justiça. Nós, pastores, teremos que prestar contas a Deus, por todos os nossos feitos.
Resumindo: tudo aquilo que é bom, é dado de graça; não por merecimento e sim pelo grande amor de Deus revelado a nós.
Ofertar voluntariamente, primiciar com coesa de coração, e dizimar com reconhecimento a Deus, são atos de louvor e culto a Deus. São antes da lei, permaneceram na lei, e hoje, fazem parte da graça de Deus.
                                                                                
Pastor Evandro L. Faustino

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