Comunidade Plenitude

Vivendo o Amor de Deus

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Jesus Cristo, a exata imagem do Pai

            Certa vez Jesus foi questionado a respeito do Pai, e se entristeceu por aquilo que os discípulos falaram: “Disse-lhe Filipe: Senhor mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (João 14:8-9).
            Nesta passagem Jesus é muito categórico e repulsivo: “Quem me vê a mim vê o Pai”. E ainda, Ele vai mais adiante, dizendo: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).
            Iremos agora, relacionar todas as passagens que revelam a glória de Deus, o Pai, em Jesus Cristo, o Filho:
            Colossenses 1:15: “O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”.
            Colossenses 1:19: “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse”.
            Hebreus 1:3: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas”.
            É maravilhoso saber quem é Jesus Cristo. Os três versículos que acabamos de mencionar refletem a grandeza da personalidade de Jesus cristo: Ele é a exata imagem do Pai; toda a plenitude do Pai habita em Jesus Cristo.
            A palavra grega que se traduz por imagem é eikón, que por si só não abrange um sentido literário definido, mas que, com o contexto em análise, nos traz a definição exata do significado da palavra ou da abrangência.
            Jesus Cristo é o eikón de Deus. Vejamos o porquê disso:
            Colossenses 1:15-17: “O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
            1º Ele é a imagem: Ele é o protótipo; ele foi modelado exatamente igual.
            2º Ele é o Criador: O único ser que tem o poder de criar tudo do nada, de trazer a existência de onde nada existe, é aquele que se chama Deus.
            3º Tudo subsiste por Ele: É o domínio, poder ou força, que conserva em ordem e funcionamento todas as coisas; só pode fazer isso (sustentar todas as coisas) aquele que é Deus.
            Por estes três versículos que acabamos de analisar, podemos entender que eikón é o mesmo que natureza: ser a imagem (eikón) é ser da mesma natureza.
            Jesus é da mesma natureza do Pai. Quando Jesus diz ser um com o Pai, ou que Ele e o Pai são um, Ele faz uma alusão a sua natureza: Ele e o Pai são da mesma natureza; são iguais em essência e plenitude, isto, pelo agrado e vontade do Pai.
            O Pai e o Filho possuem o mesmo Espírito, e esse Espírito é o que os torna um. Assim somos nós quando recebemos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador das nossas vidas: recebemos o Espírito Santo de Deus.
            O mesmo Espírito de Deus habitou no Filho, e hoje, habita em nós que somos chamados filhos de Deus.
            O Espírito Santo é chamado de sêmen de Deus em I João 3:9: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar porque é nascido de Deus”.
            No sêmen é compartilhada a natureza do Pai no Filho. Embora a ciência nos ensina que ainda que recebemos o sêmen do nosso pai, não somos o nosso pai e nem como nosso pai; podemos ter algumas características do pai, mas não somos exatamente como ele.
            Possuímos um DNA que pode chegar até 99% igual, mas não 100%. Temos uma digital única, e isso não é mentira. O Deus Pai é um, e o Filho de Deus é outro; seres completamente distintos, mas, únicos em essência.
            Um filho humano não passa o tempo todo com o seu pai, e muito menos o pai, tem tempo hábil disponível para ficar com o filho. Embora, em muitos casos, seja um relacionamento amoroso, ainda assim é superficial.
            Vejamos alguns relatos de Jesus:
            João 14:7: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e O tendes visto”.
            João 14:10-11: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras”.
            João 15:9-10: “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos permanecerei no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor”.
            No primeiro versículo, Jesus relata através daquilo que ele ensina e faz, os discípulos, na verdade, estão vendo o próprio Pai: Ele ensina e age como o Pai. No versículo seguinte ele diz que está no Pai assim como o Pai está nele, pois tudo o que Ele fala é porque recebeu do Pai, e tudo o que Ele faz, na verdade, não é Ele quem faz, mas o Pai que o enviou.
            Da mesma forma o qual o Pai o amou, Ele ama os seus seguidores; assim como Ele permanece no amor do Pai, e aconselha-os a permanecerem no seu amor. Permanecer no amor se dá ao fato de guardarmos os seus mandamentos, ou seja, cumprir a vontade de Deus, o Pai, em nossas vidas.
            Jesus é um; o Pai é outro: O Pai zela por sua palavra: Jesus cumpre a palavra que Ele recebeu do Pai; isto é zelo da mesma forma. O Pai ama o Filho, por isso que o Filho nos ama da mesma maneira. O Pai ama ao Filho e lhe dá do seu Espírito; o Filho nos ama que nos dá do sei Espírito. Deus é Luz e o Filho é Luz. Ser eikón é ser a imagem exata; é compartilhar da mesma natureza.
            A mesma palavra grega eikón é designada para indicar a nossa nova natureza em Cristo Jesus:
            Romanos 8:29: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conforme a imagem (eikón) de seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.
            I Coríntios 11:7: “O varão, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem (eikón) e glória de Deus, mas a mulher é a glória do varão”.
            I Coríntios 15:49: “E, assim como trouxemos a imagem (eikón) do terreno, assim traremos também a imagem (eikón) do celestial”.
            II Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem (eikón), como pelo Espírito do Senhor”.
            Colossenses 3:10: “E vos vestistes de novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem (eikón) daquele que o criou”.
            A palavra grega eikón é a tradução da palavra hebraica tselem.
            O homem foi criado à imagem (tselem) de Deus (Gênesis 1:26-27). Surge-nos uma pergunta: até que ponto o homem foi criado à imagem de Deus? A que imagem se refere o texto em vigor?
            É muito fácil responder a esta pergunta. Precisamos entender, primeiramente, que a Bíblia foi escrita muito tempo depois da queda do homem, com a intenção de revelar ao homem as verdades sobre Deus e a humanidade.
            Logo nos primeiros capítulos de Gênesis vemos a decadência do homem e a corrupção geral do gênero humano, e o autor de Gênesis quando diz que o homem foi feito à tselem de Deus ele está se referindo ao verdadeiro sentido da vida, ou seja, que o homem foi criado para viver fora do pecado; separado do pecado.
            A natureza de Deus em nada é pecaminosa e nunca a será. Cai-se num abismo muito profundo aqueles que isto supõe ou afirmam. O homem foi feito à natureza de Deus, separado do pecado, santo, imutável, eterno, sem sujeição à morte; Isto é ser a imagem de Deus.
            Imagem ou natureza esta que se perdeu por causa do pecado e da morte que se introduziram no mundo por abertura do próprio homem.
            Quando pregamos que Cristo veio nos restaurar, precisamos entender o significado de restauração. Imagine um vaso muito lindo. De repente este vaso se quebra, e você o leva a um restaurador. O que você quer que o restaurador faça: o deixe parecido com o que era; o deixe mais bonito fazendo um arranjo novo; ou, que o deixe exatamente como era?
            Se Cristo também nos veio restaurar, precisamos nos lembrar que o que na verdade Ele quer é nos devolver a condição original a que fomos criados. Vejamos isto:
            Romanos 8:29: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conforme à imagem (eikón) de seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.
            II Coríntios 3:18: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem (eikón), como pelo Espírito do Senhor”.
            Colossenses 3:10: “E vos vestistes de novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem (eikón) daquele que o criou”.
            II Pedro 1:4: “Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da mesma natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”.
            II Coríntios 4:4: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.
            João 17:21: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”.
            Jesus quer que participemos da sua natureza, porque, na verdade, fomos feitos da sua natureza. Loucura para alguns; poder de Deus para nós: Somos da mesma natureza, nós, uma vez que recebemos a Cristo em nossas vidas.
            Somos criados à imagem, eikón, tselem de Deus: natureza de Deus.

            Para meditar:
            “E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”. (Efésios 3:19)
            Ou seja, para participarmos plenamente da sua natureza.

            I Coríntios 15:49:”E, assim como trouxemos a imagem (eikón) do terreno, assim também traremos a imagem (eikón) do celestial”.
            Ou seja, a natureza terrena, e a natureza celestial. Somos pó do pó e Luz da Luz; do pó viemos e ao paraíso voltaremos.

NUNCA SE ESQUEÇA:
EU E VOCÊ SOMOS FEITOS À IMAGEM DE DEUS.
           
Pastor Evandro L. Faustino

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